sábado, 29 de dezembro de 2012

:)


2012 foi um ano cheio de novidades pra mim. Algumas ótimas, outras péssimas. Fui de um extremo ao outro com facilidade. Definitivamente não foi um ano tedioso. Mas valeu a pena, apesar de tantos problemas.
Descobri que posso ir muito mais longe do que achei que seria capaz. Descobri que tenho amigos maravilhosos que, mesmo de longe, mesmo levando tempo sem ver, serão sempre os melhores. Aliás, disso eu já sabia. Mas em 2012 pude confirmar.
Ganhei novos e bons amigos também. Gente que eu sei que torce por mim, que me ajudou muito e que eu não quero que se afaste. Gente que eu não esperava conhecer e que me faz bem conviver.
Esse ano eu ganhei uma irmã (que já sabia que tinha, mas que nunca tive muito contato) e que me faz sorrir cada vez que sobe a janelinha do chat do facebook. Esse ano eu ganhei inimigos também. Todo mundo tem, né? Fazer o quê?!
Não consigo definir se 2012 foi bom ou ruim. Às vezes parece que se passaram 10 anos em apenas 01. E é assim que me sinto: mais madura, sabendo mais da vida e reconhecendo que ainda não sei nada! Cada dia é sempre uma novidade e uma nova oportunidade.
Deixei de fazer planos edificados em nuvens de sonhos e comecei a construir metas edificadas em esforço e trabalho. Acho que estou muito mais concreta e prática, sem ter deixado de sonhar. Apenas aprendi como realizar esses sonhos.
Não sei como foi o 2012 de vocês, mas gostaria de desejar à todos os meus amigos que tenham tantas ou muito mais vitórias em 2013 do que tive nesse ano. Que possamos aprender juntos e que, não importando o tamanho da dificuldade, sejamos capazes de lutar sempre sem perder a fé.
Aprendi muito esse ano, talvez não da melhor forma. Mas agradeço a Deus por todas as experiências vividas e por ter me amparado sempre que eu achei que não me levantaria.
Que 2013 seja um ano mais tranquilo para todos nós e que possamos colher bons frutos e semear boas coisas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

E que venham novos ares!

Adeus ano velho! Já vai tarde! (Risos! ... Ou não!)
Acho que, como todo mundo, à medida que o fim do ano se aproxima., eu acabei fazendo um levantamento mental de tudo o que aconteceu esse ano. Definitivamente, 2012 foi um ano sem igual. Muitas mudanças, muitos finais, vários recomeços e as melhores vitórias.
Tive que aprender o sentido real da palavra superação, bem como o que quer dizer adaptação e fé. A esperança e o desespero andaram de mãos dadas comigo.
Mais do que em todos os outros 24 anos que antecederam 2012, perdi, caí, abri mão e me livrei! Me livrei do passado, do que me atrasava, do que me machucava, do que me fazia mal. Me livrei das grades que a minha mente criou e consegui olhar para o horizonte e enxergar, sem nenhuma névoa, o que eu quero, o que preciso e o que eu devo. Me livrei de pré-conceitos que me impediam de considerar a palavra recomeço.
Esse ano me tirou o chão, me roubou o fôlego, retirou as máscaras. E isso foi a melhor coisa que me aconteceu. Me senti desamparada, machucada, sem esperança, sozinha. Definitivamente, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Me vi destruída e, no momento em que me senti mais fraca, foi quando eu pude ver o quanto eu sou forte. Nunca imaginei que sairia inteira de tudo isso. Mas saí. Saí outra. Saí nova. Saí melhor. Saí limpa, purificada, renovada.
Dois mil e doze levou de mim vários amigos, familiares, planos... Este foi um ano ladrão: me roubou sorrisos, me arrancou lágrimas - tantas que, às vezes, achei que secariam simplesmente.
Este foi um ano cheio de problemas. Mas foram obstáculos vencidos ou que eu ainda estou tentando vencer diariamente.
Não vou sentir saudades de 2012, mas não o odiarei de mogo algum. Esse ano foi um tapa na cara que me chamou pra realidade e me mostrou quem e o quê faz/fez a diferença na minha história.
Me sinto com um ano de idade, aprendendo a andar e a falar. Mas se agora ainda ando de mãos dadas, é só com a esperança. Nós duas estamos correndo em direção à vida e isso o desespero não consegue acompanhar.
Recomeçar foi a palavra de ordem. Pois que eu tenha sempre a mesma garra que descobri ter.
Obrigada, 2012, você me mostrou quem eu sou, quem eu tenho ao meu lado (seja de longe ou de perto) e tudo o que me é importante. Agradeço a lição e agradecerei eternamente. Mas toda aula tem um fim e eu já peguei o meu diploma. Vá em paz! E que 2013 seja o ano da esperança. Que as vitórias continuem a vir e, se possível, com um gosto menos amargo, menos sofrido.
Adeus ano velho. Foi bom enquanto durou.
Mas, já vai tarde!





quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Um brinde à vida e mais uma dose de esperança! Salud!

Algumas vezes a vida simplesmente te surpreende. Basta que você deixe.
Eventualmente temos grandes problemas. Não estou falando daqueles de "estimação" do dia-a-dia, mas dos grandes mesmo. Aquele tipo que a gente acha que não vai dar conta e que nada vai se resolver. O tipo de problema que te dá um cruzado de direita, uma chave de braço e te joga no chão. A gente já fica esperando pelo "fatality" (nerds entendem) e fica um tanto sem ação. Mas a gente não pode reclamar porque fomos nós que entramos na briga. Fomos nós que procuramos por esse bendito problema.
Daí você resolve confiar, esperar, pagar pra ver, na esperança de que a tempestade passe e o Sandy volte a ser só a Sandy da nossa infância. A gente deixa o furacão passar e reza pra conseguir se reerguer, apesar dos estragos e das cicatrizes. A gente engole o orgulho, a ansiedade, o medo, a tristeza, as dores. São tantas coisas pra engolir e a dose de esperança é tão pequena que a gente quase engasga e sufoca.
E, de repente, vemos o tempo virar, a poeira baixar e uma brisa que parece dizer que bons ventos estão por vir. Nessa hora a gente tem ainda mais medo de ser apenas uma doce ilusão de que tudo vai ficar bem. Mas a melhor opção ainda é erguer a cabeça e confiar que vai dar tudo certo. Seguir em frente é sempre uma boa ideia.
Seja como for, deixe a vida lhe surpreender. Sorria, mesmo quando a vontade de chorar for maior. Vale à pena arriscar. Vale à pena seguir caminhando. Vale à pena acreditar. E eu acredito.


domingo, 7 de outubro de 2012

Canção para quando houver melodia

Olha pra mim, meu bem!
Olha pra mim, mas olha bem!
Veja que o tempo passou
E que as velhas histórias não passam de quinquilharias
E retratos espalhados pela casa
Espelhando a velha alma
Esperando você voltar

Olha pra mim!
Vem!

Veja bem,
Ainda estou aqui no fundo
Por trás desses olhos rasos
Desse olhar vago
De quem só quer te beijar

Olha pra mim e vê se te enxerga
Por detrás dessas lágrimas
A dor que me alfineta
O vudú que me tortura
É teu sorriso que me enfeitiça

Olha pra cá
E veja nos meus olhos
A lembrança do amor teu
Das horas gastas a relembrar
As boas conversas e as brigas vazias
De um coração que abriga
Uma alma que já morreu

Olha pra mim, meu bem!
Olha bem
Olha bem lá no fundo
No olho do mundo
No fundo do olho
Quem está lá é você

Olha, meu bem
Se você não consegue ver
Que apesar do nosso pesar
E do mundo estremecer
No fundo, lá no fundo
Por trás dos dilúvios
O que há em mim é você




sábado, 29 de setembro de 2012

É porque dói que a gente escreve

O tempo passa e a gente muda. Muda pra não deixar a vida passar sem a gente e mesmo assim ainda fica a sensação de que nada mudou.
Acontece que a gente tenta melhorar, tenta mudar para melhor. Mas não há razão em que se perca a nossa essência. Corrigimos defeitos, ou ao menos tentamos. Exercitamos a paciência. Aumentamos a fé. A gente tenta melhorar e melhora. Melhora porque mudamos o tempo todo e, se é inevitável, então que pelo menos valha a pena.
Mas a essência ainda é a mesma. Não adianta querer mudar para se encaixar nos padrões de seja lá quem for. Não adianta porque, mesmo nos tornando pessoas melhores, algumas coisas já estão entranhadas na alma: gostar de música, de poesia, de romance, de viajar, de sorrir sem motivo, de ser criança, de ser livre, de fantasia... Gostar de seja lá o que for! Ninguém desgosta de algo que lhe faz bem (e nem deve!) apenas para se encaixar em padrões.
Por um motivo forte, por um grande amor talvez, sacrificamos muitas de nossas vontades, abrimos mão de muitos costumes, mas não se pode deixar de ser quem é. É impossível. Amor é pra dar cor à vida e não para matar a alma. Se for pra chorar, que seja de felicidade apenas. Caso contrário, será que vale mesmo à pena?
Se você se torna melhor, se você busca melhorar e, ainda assim, não é bom o suficiente, talvez o problema não seja você. Talvez você não devesse estar ali. Se querem de você outra pessoa, pois que procurem em outra pessoa.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É que às vezes eu sou assim do tipo que não se entende e que nem adianta tentar explicar. Não sei se isso é bom ou ruim, mas eu gosto de entrelinhas e de mistérios. Gosto de surpreender e ser surpreendida. A verdade é que se me afasto demais dos meus pensamentos e sentimentos mais confusos eu não duro muito tempo. Não sou fria ou racional. Não consigo ser. Até consigo. Mas tenho que precisar. No geral, eu me entrego e acredito e não entendo muito bem quem não sabe ser assim.
Não tentem procurar entrelinhas nesse texto. Apesar do que eu disse acima, quando me pego a escrever, as entrelinhas ficam de fora. No papel eu sou só eu e mais nada. Não sei o por quê e nem estou à procura de respostas, mas às vezes fico assim meio blasé, com cara de banho de chuva em tarde quente e suspiros de fim de tarde olhando o mar em dia cinza.
A gente cresce, muda, aprende com a vida. A gente cai, se machuca, respira fundo, se ergue e recomeça a andar apesar do medo. A gente muda sim e muda muito e por vários motivos. A gente muda todo o dia. Mas acho que essa minha mania de sofrer pelo que ninguém sofre, de admirar o que ninguém vê... Acho que isso nunca se vai. Todo mundo dando importância à dinheiro, sucesso profissional, metas pessoais, realizações... E tudo que eu queria era poder estar sentada na grama, à sombra de uma mangueira, ouvindo os pássaros, respirando ar puro e sem ninguém pra me perguntar o que está acontecendo. Aliás, não está acontecendo nada. Mas eu sempre estou sentindo tudo. E eu só queria que alguém mais pudesse sentir sem ser necessário explicar.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

É tudo só encenação

E a gente vai vivendo
Vamos encenando a vida como se tudo fosse uma grande comédia
Sem a possibilidade de errar
Sem a chance de consertar
Sem vontade alguma de atuar
A gente vai improvisando
Tentando não ser coadjuvante na própria história
A gente vai atuando
Com um figurino cheio de sorrisos
E uma alma cheia de dramas
A gente vai fingindo que está tudo bem
Que todas as manhãs são de primavera
Que o Sol sempre há de brilhar
E que todo entardecer é colorido e deslumbrante


A gente atua como se nosso roteiro fosse o mais perfeito
O que ninguém vê
É que por detrás das cortinas
Você é alguém de verdade
E você também se machuca
E cai
E erra
E levanta
E segue em frente
Ou tenta.


O que ninguém vê é que você também sente dor e solidão.



sábado, 7 de julho de 2012

Pedidos em versos

Amor por retribuição não me completa
Amor meritocrático me machuca
Amor pela metade não me interessa
Amor por interesse só me afasta

Se quiser me amar,
Me ame!
Não porque eu te amo
Não porque eu mereço
Não porque vá receber algo em troca

Me ame por completo
Ame de verdade
Mas não faça isso por nenhum outro motivo
Que não seja o simples fato de amar



segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mini-crônica V

E num belo dia ela se dá conta de que seu grande defeito sempre foi querer demais e, por isso, querer o que não devia.
Tanto quis que escolheu a opção errada. Quis mais do que era capaz de aguentar. E, por isso, não deu o devido valor ao que tinha, ao que lhe fazia realmente feliz até mesmo quando ela não pedia.
Agora, só o que ela quer é o que ela precisa: recuperar a felicidade e sanar as feridas.
Mas reconquistar é bem mais difícil que a primeira conquista.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Hoje eu só queria um canto meu. Poderia ser meu quarto ou um lugar isolado no meio do nada. Uma pedra à beira do mar iria bem.
Hoje eu só queria poder me isolar do mundo. Me isolar de todos. E, o principal, me isolar de mim.
Sentar onde não tenha ninguém, pensar em nada, deixar o vento bater.
Hoje eu queria só sentir. Sentir e não pensar. E se tiver de chorar ou rir, fazê-lo sem preocupação de alguém ver ou de ter que explicar o porquê.
Hoje eu estou naqueles dias em que a gente se sente vazia demais ou cheia demais. E tudo o que a gente precisa fazer é se deixar levar pelo vento, sem pensar e sem medo de qualquer coisa.

Hoje é um daqueles dias em que a gente não sabe se está feliz ou triste, satisfeita ou frustrada. É o tipo de dia em que você está feliz com o que tem, mas insatisfeita pelo que é. Daí você não sabe se deve sentir culpa por ser tão exigente consigo ou se deve apenas aceitar que essa sua insatisfação deve servir de motivação para evoluir.
Hoje é o dia que eu não sei quem eu sou, nem sei bem o que quero. Sei apenas o que não quero. E não quero ficar parada.
Hoje é o tipo de dia em que nada é bom e nada é ruim. É o tipo de dia que não é. É o tipo de dia que eu não sei.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Essa minha mania feia de achar...

Às vezes acho que sei
E no momento seguinte tenho certeza que não.

Acho que entendo, que aceito, que compreendo
Descubro que só acho.

Acho que suporto, que aguento
Acho que vai dar pra respirar.

Acho que me entendem, que me ouvem...
Acho que me engano.

Acho que vai dar tudo certo
Acho que vai ficar tudo bem
Acho que você vai estar sempre perto
Acho que você sempre vem

Acho tudo
Acho tanto
Tanto acho que me perco!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Quem tem medo dar o primeiro passo rumo à uma conquista, não sabe quão dura pode ser a solidão! Ou já se acostumou com ela e com a condição de "pobre solitário", "pobre infeliz".
Conquistar alguém pode não ser uma tarefa muito fácil, mas é bem simples. Para uma conquista você deve ser apenas você e, por mais que assuste se expor, seja franco com você e com o outro. De duas, uma: ou vocês se descobrem e se envolvem ou se assustam e se afastam. Pode, talvez, não ser a melhor experiência que você já teve. Pode até doer bastante, dependendo do quanto você se entrega e se empenha no processo de conquista. Mas, independente dos riscos, pode ser a sua oportunidade de ser feliz, além de sempre ser uma oportunidade de aprendizagem. O tipo de ensinamento que só a vida trás.
Arrisque-se. Conquiste. Deixe-se conquistar.
Mergulhe no que a vida lhe oferece. Salte para a vida sem medo do pára-quedas não funcionar. Aliás, não o abra tão rápido. Aproveite o voo. Observe a paisagem. Deixe a sensação de liberdade tomar conta de você. Arrisque-se. Aconteça o que acontecer, arrisque-se.
A vida não se dá a quem não se entrega!


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Algumas vezes as pessoas te enganam. Outras, é você que se deixa enganar.
As mesmas pessoas. 
As mesmas expectativas.
Os mesmos erros. 
Mesmas mentiras.
O tempo passa, mas não quer dizer que as pessoas mudam.
No fundo, alguns sempre serão os mesmos.


Ou até piores.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Instruções básicas...

Se quiser me amar
Chegue de mansinho
Não precisa dizer pra todo mundo
Nem gritar aos quatro ventos
Basta que me abrace quando eu precisar
Ou nem espere que eu precise
Me ouça, tente me entender
Ou ao menos me aceitar
Me conte segredos em voz baixa
E não zombe dos meus medos mais ridículos
Ria comigo, mas que seja um riso sincero
Não tenha medo de ser criança ao meu lado, pois eu serei sem reservas
Nem se espante se eu te mostrar mais maturidade do que você imaginava
Carrego em mim vários opostos
Não faça projeções pois não sou perfeita
Queira me conhecer, mas não de uma única vez
Deixe que eu te surpreenda
E tente me surpreender
Quando estiver comigo, se entregue e me receba
Esqueça o mundo lá fora
Quando estiver ao meu lado, seja inteiro
Não esteja comigo em meios-termos
Não faça promessas
Vamos vivendo um dia por vez
E que seja eterno enquanto dure
Faça isso e eu prometo te amar igual
Ou do jeito que você quiser
Mas me ame e me mereça primeiro

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Preguiça: o nosso maior pecado.


Há tempos venho tentando entender algumas falhas humanas. Resolver esse defeitos é impossível, mas entendê-los ajuda-nos a conviver com eles. Ao menos me ajuda.
De tudo que vi, concluí que somos mesmo muito preguiçosos.
Falo não apenas de uma preguiça física, mas que transcende isso e vai muito além. Não se trata de fazer exercícios ou mesmo de adquirir conhecimento. Nossa preguiça se instalou nas relações. Em todas elas.
Mário Quintana já dizia que a preguiça é a mãe do progresso e talvez seja mesmo. Em busca de facilitar a nossa vida, avançamos tecnologicamente e tornamos tudo cada vez mais fácil e cômodo. Não precisamos nem mesmo sair de casa para comprar algo, para comer, ou para visitar um amigo. Por preguiça, as relações humanas estão cada vez mais mecanizadas nas telas de computadores. Hoje estamos próximos de quem está do outro lado do mundo graças a internet e muito longe dos nossos vizinhos e amigos que moram por perto.
Por preguiça, não conhecemos o outro nem nos damos a conhecer. Paramos no que é supérfluo. Dá menos trabalho uma conversa superficial.
Por preguiça ignoramos algumas pessoas que julgamos estarem erradas em algo. Dá muito menos trabalho que uma conversa franca e uma tentativa de entendimento.
Por preguiça, julgamos a aparência e decidimos se alguém é bom ou mau. Preconceito dá menos trabalho que encarar as diferenças e aprender a conviver com elas.
Fala-se muito em vida saudável, em corpo bonito. Mas poucos se lembram de exercitar a alma. Temos preguiça de amar. Preguiça de exercitar a paciência e compreensão necessárias ao amor. Vivemos apenas de paixões. E essas paixões preguiçosas imperam em todas as nossas relações.  É mais fácil ter alguns prazeres que procurar a felicidade.
Por nossa preguiça, tudo se tornou efêmero. Tudo é cada vez mais passageiro. E passa cada vez mais rápido. Temos preguiça de crescer e ajudar o outro a fazê-lo. Aliás, é preguiça até mesmo de reconhecer em que podemos ajudar no crescimento do outro e também de aprender com ele. Temos a preguiça nas relações pessoais, profissionais e até políticas. Apaixonadamente nos indignamos com o que julgamos estar errado. Mas nos falta força, amor sem preguiças, para lutar pelo que é certo.
Talvez, quando voltarmos a nos relacionar com um pouco mais de disposição, as coisas se tornem mais firmes, mais plausíveis, mais concretas. Mas acho que a preguiça é tão grande que atrapalha até mesmo a nossa visão.