terça-feira, 19 de abril de 2011

No meu caminho

Às vezes precisamos fazer escolhas e não sabemos como. Entre o caminho mais certo, mais seguro, porém mais monótono; e o caminho desconhecido, cheio de surpresas boas e ruins. Será realmente preciso escolher entre não se arriscar, mas ter a certeza de onde chegaremos, mesmo sabendo que, excluindo o imprevisto, excluímos também as possibilidades?
Os caminhos desconhecidos podem ter pedras, empecilhos, espinhos... mas também trazem neles belas paisagens, lindas flores, imagens surpreendentes. Os caminhos conhecidos trazem a certeza sem novidades, a segurança sem emoção, a mesma imagem a cada esquina, o mesmo "bom e velho" novo de sempre. Ainda prefiro que o novo me surpreenda. Prefiro me ferir, chorar, cair. Sei que vou me re-erguer, então prefiro me expor a dor das tentativas falhas, mas saborear o prazer da descoberta, do recomeço, da vitória sofrida.
Antes enfrentar o que é mal, a ter que suportar apenas o "bom".
Caminhos diferentes podem ter a mesma chegada pra quem sabe onde quer ir. Eu sei onde estou indo, sei onde quero chegar,  e escolho ir pelo caminho mais longo. O desconhecido me encanta.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Parafraseando

Porque ela é feliz e sabe disso. Talvez por isso sinta tanto medo do que é novo.
Porque às vezes é tudo tão perfeito que ela não consegue imaginar como seria se tudo fosse diferente.
Porque se ela soubesse antes o que sabe agora, erraria tudo exatamente igual.
Nunca lhe faltou amor. Se não recebia o bastante, sempre teve de sobra pra dar a quem mereceu.
Porque nunca lhe faltaram sorrisos, mesmo quando haviam lágrimas.
Porque nunca lhe faltaram amigos, mesmo quando estavam distantes.
Porque a sua vida sempre teve incertezas, mas sempre teve em quem confiar.
Porque algumas pessoas eram traiçoeiras, mas nunca lhe faltou quem fosse verdade.
Porque, mesmo quando não tinha ninguém, ela ainda tinha a si mesma.
Porque na falta de algo melhor, nunca lhe faltou coragem.

domingo, 10 de abril de 2011

Por fim

Felizes os cegos
Bem-aventurados os surdos
Agraciados são aqueles incapazes de perceber o mundo
Os que são capazes de sorrir sem perceber quantos dentes lhes foram tirados
Felizes os que não conseguem ver o tamanho de sua própria miséria
Nem são capazes de ouvir as suas próprias palavras vazias
Bem-aventurados os parvos
Incapazes de compreender sua própria estupidez
Melhor seria se todos assim fôssemos
(se já não o somos)
Fechados em nossos mundos
Incapazes de perceber algo mais
Doeria menos se não pensássemos na dor

Mas por que insistimos em doer
Tentando a dor amenizar
Se já sabemos que esse dilema não se acaba?

sábado, 2 de abril de 2011

Coisas antigas...

Você vem e vai
E eu nunca sei se você vai voltar
Mas eu sempre te espero
E sempre espero que você não me deixe aqui

Você vai e vem
E eu sempre acho que isso não vai doer
Mas eu sempre me engano
E sempre me preparo para mais uma partida
Mas isso nunca funciona assim

Suas idas e vindas
Essa sua dança com a vida
Eu sempre espero uma última dança com você
E tenho medo do fim do baile

Você sempre se vai
Você sempre volta
E o que posso fazer
Se só o tenho assim?