terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eu era pra ser poema... Você, texto.


Você e eu somos diferentes
Não temos NADA a ver! 
Você tão objetivo
Eu tão passional.
Você em planos cartesianos
Eu em abstrações.
Você calcula o tempo em dias, horas, meses. 
Eu, em fatos, momentos e sensações.
Você sempre com ares de insegurança e, no entanto, tão decidido.
Eu com ares de decisão, e sempre sem saber qual caminho seguir. 

Somos feitos de contrários.
Nascidos no que ninguém diria dar certo.
Vivemos todo esse tempo em nossas diferenças
Decidimos seguir juntos
Para que a nossa estrada possa ter uma paisagem.
E que seja de ambos os lados.

Eu sempre tão acelerada
Você a própria paciência. 
Eu respirando poesia
Você aspirando fórmulas. 
Eu descobrindo aos poucos
Você criando manuais. 

Somos feitos de contrários.
Nascidos do que ninguém diria dar certo.
Somos feitos de contrários.
Somos duas metades. 
(Oh! Quanto clichê!)

Mas juntos somos um.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Devaneios

Muito me intriga a capacidade que algumas pessoas têm de escolherem o sofrimento e se declararem eternas vítimas da vida. Algumas fatalidades são quase inevitáveis. Alguns erros são mesmo involuntários. Mas conheci pessoas ao longo do tempo que escolhiam errar sempre, chorar sempre e se lamentar por demais. Num sofrimento que parece não ter fim, num vazio cheio de desilusões. Algumas pessoas deixam a vida passar. Elas não agem, apenas sofrem ações. Passivas demais para serem felizes. Algumas pessoas, por vezes, se deixam iludir. Outras, pedem que as iludam. Depois apenas desacreditam, para re-acreditar logo após. E vivem nessa redundância.