terça-feira, 14 de junho de 2011

Aos poucos nos despedimos

Minha saudade não tem nome
Não tem data
Não tem tamanho, forma ou medida...
Minha saudade é atemporal
Sinto falta do cheiro de mato, dos bichos no quintal...
Saudade do passado
Da infância
Nostalgia
Sinto falta dos amigos que já não tenho
Dos que tenho e já não vejo
Dos que não poderei ter

Dói o peito pensar no futuro
Nos amigos que agora tenho
Mas dos quais a vida vai me distanciar
Sinto saudades desse ano que ainda não acabou
Sinto falta do mês passado
Temo pelos dias em que não verei mais os sorrisos que alegram minha alma

Sinto falta dos que ainda estão comigo
Pela incerteza do quanto mais estarão
Sofro antecipadamente
Na tentativa de parcelar a dor
Para que, embora mais longa,
Possa ser um pouco mais fácil de carregar

Me despeço aos poucos dos dias que ainda virão
Os que já passaram levo comigo
Rogo a Deus que os "até breve's"
Não sejam nunca um verdadeiro adeus

4 comentários:

  1. Muito triste porem verdadeiro. Nem acabou e ja sentimos falta.

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  2. Adorei.
    concordo com o Victor.
    beijos

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  3. Coisa triste ficar nessa "contagem regressiva"...

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  4. Se não teve um ponto final, é porque ainda não é o fim. E mesmo um ponto final também é início de um novo escrito... S2

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